Em outubro de 2018, eu fiz uma viagem ao Peru com a minha mãe. Foi a nossa primeira viagem internacional e isso, por si só, já era motivo para considerar o Peru um lugar bem especial.
Até hoje me pego pensando sobre o que aprendi sobre os incas e como fico cada vez mais encantada pela América Latina e, em especial, pelo povo latino. Tenho muito orgulho em fazer parte disso.
Durante a minha viagem ao Peru, eu fiz passeios por Cusco e arredores. Então, neste artigo, vou recomendar a você o que fazer por lá. Boa leitura!
Centro Histórico de Cusco
Decidi me hospedar perto do Centro Histórico de Cusco para ficar mais próxima das atrações turísticas. Então, aluguei uma casa pequena no Airbnb que custou R$585,29 no total. Bem barato para 7 diárias, né?
Pelo Centro, você pode fazer muita coisa, então recomendo tirar pelo menos um dia para passear por lá. A seguir, veja só o que fiz pela região.
Plaza de Armas
Indico começar pela Plaza de Armas, que é a praça principal do Centro Histórico. Nela é possível ver uma estátua do Pachacutec, antigo imperador inca. Vale destacar que a Plaza de Armas costuma ser o ponto de partida para os passeios.
Existem duas igrejas na praça: Catedral de Santo Domingo e Iglesia de la Compañía de Jesus. Ambas vi apenas por fora e são lindíssimas.
Bairro San Blas
Depois de conhecer a praça, você pode seguir para o bairro de San Blas, que tem ruas bem estreitas e várias lojinhas. Aliás, se quiser fazer compras, lá é o lugar ideal. Nesse bairro também há a famosa Pedra de Doze Ângulos, que demonstra o perfeccionismo dos incas.
Seguindo para a Igreja de San Blas, que fica bem no alto, você vai precisar ter um pouco de fôlego para aguentar a subida, porque a altitude pode atrapalhar a respiração. Mas o seu esforço vai valer a pena, porque, a partir da igreja, existe uma vista panorâmica da cidade de Cusco.
Mercado San Pedro
Outra parada obrigatória no Centro é o Mercado San Pedro. Se você quiser comprar souvenires baratos, não deixe de visitá-lo.
Lá existem lojas de diversos tipos, como comida, roupa, joias e decoração. No final há um setor de carnes que todo mundo fala que é terrível, mas eu nem passei perto, porque não gosto de ver pedaços de animais expostos. Apenas comprei algumas joias (a prata é mega barata por lá!) e lembrancinhas no mercado.
Qorikancha
Qorikancha foi um dos mais importantes templos incas, mas foi destruído parcialmente pelos espanhóis. Atualmente, ele é formado por pedras incas gigantes e arquitetura europeia.
Para entrar, é necessário comprar o ingresso na porta ou o bilhete turístico que permite a entrada em uma série de complexos arqueológicos por Cusco. Recomendo que você compre o bilhete turístico geral que custa 130 soles.
Sítios arqueológicos
Se você pensa que Machu Picchu é o único sítio arqueológico encantador ao redor de Cusco, então saiba que está enganado.
Aliás, recomendo que você faça os passeios pelos principais sítios arqueológicos antes de ir para Machu Picchu. Assim, a sua viagem ao Peru vai ser bem mais rica culturalmente, acredite!
Maras e Moray
O passeio por Maras e Moray dura metade de um dia e ensina aos viajantes como os incas plantavam alimentos e extraíam o sal. A primeira parada é em Maras, onde você vai ver círculos perfeitos, em que cada degrau era usado para um tipo de alimento diferente.
Já em Moray, o depósito de sal construído pelos incas funciona até hoje. Ao todo, existem mais de cinco mil poças de água que, ao secarem, deixam apenas o sal.
Vale Sagrado
O Vale Sagrado é composto por importantes sítios arqueológicos, que são Chinchero, Ollantaytambo e Pisac. O passeio dura o dia inteiro e você vai conhecer centros militares, cemitérios verticais, terrenos agrícolas, aquedutos e residências nos tempos incas.
Se você precisar escolher apenas um passeio para fazer antes de ir para Machu Picchu, escolha esse!
City Tour
No City Tour, as agências levam os turistas para um passeio de meio-turno por Sacsayhuaman, Qenqo, Tambomachay e Pukapukara, mas achei o tempo curto para conhecer tanta coisa. Todos esses sítios são bem próximos de Cusco e, se você preferir, pode visitá-los sozinho.
Vale Sul
O Vale Sul não costuma ser muito explorado pelos turistas. Inclusive não fui, pois não deu tempo. Ele inclui os sítios arqueológicos de Tipón e Pikillacta. Então, se quiser conhecer construções incas menos movimentadas, visitar o Vale Sul é uma boa opção.
Machu Picchu
Não tem como falar de sítios arqueológicos sem falar de Machu Picchu, né? O maior símbolo do Império Inca fica distante de Cusco, então é necessário pegar alguns transportes para chegar até ele. Aliás, eu fiz um post bem completo explicando como ir para Machu Picchu, então depois dê uma olhada.
O passeio para Machu Picchu foi o mais caro, contando com o ingresso e os deslocamentos, mas é imperdível e você não pode deixá-lo de fora na sua viagem ao Peru.
No parque, você vai ver lhamas, muito verde ao redor e construções incas de todos os tipos (templos, casas, praça, escadaria, áreas de plantação). Prepare-se para se surpreender com essa maravilha do mundo.
Laguna Humantay
Na montanha Salkantay está o lago mais bonito que eu já vi na minha vida: Laguna Humantay. Ele está a 4.630 metros de altitude, então, recomendo que faça esse passeio quando já estiver acostumado com a altitude do Peru.
Para chegar ao local, contratei uma agência para me levar de Cusco até o pé da montanha e isso custou 90 soles. O trajeto dura cerca de 3h, por isso, existe uma parada para tomar um café da manhã.
A van da agência estaciona no pé da montanha e, em seguida, começa a trilha. Já vou logo avisando: haja preparo físico! Algumas pessoas preferem subir a cavalo (minha mãe foi uma delas), mas isso é pago e o preço varia de acordo com a sua posição na trilha. Enquanto isso, outras sobem na raça mesmo (euzinha aqui!).
A trilha é bem cansativa, então não dá para ir rápido. Além disso, a montanha é super íngreme. Levei cerca de 1h30 para chegar na lagoa – e eu nem sou sedentária, viu?! –, mas valeu a pena, porque o visual superou o cansaço.
A lagoa tem pontos azulados e esverdeados. Ao fundo, era possível ver neve pela montanha. Verdadeiro cenário de filme.
Ficamos ali por cerca de 1h e, ao final, o guia pediu para que cada um do grupo pegasse uma pedra e ajudasse a formar a apacheta, tradição inca que se baseia em fazer um monte de pedras para receber a energia da terra e marcar caminhos.
Montanha de Sete Cores
A minha viagem ao Peru estava chegando ao fim e eu precisava decidir entre a Laguna Humantay e a Montanha de Sete Cores. Escolhi a primeira, porque soube que a trilha da segunda é muito extensa e corria o risco de a montanha não estar tão colorida na época que viajei.
Ainda assim, eu queria dar um jeito de ir nas duas, mas a minha mãe é idosa e não queria encarar duas trilhas desafiadoras. Então, precisei deixar de lado a Vinicunca, também conhecida como Montanha de Sete Cores.
A montanha tem 5.200 metros de altitude e para chegar até ela, você deve percorrer uma trilha de aproximadamente 6 km. Como o ar é rarefeito, a subida é bem complicada e algumas pessoas até desistem no meio do caminho. Por isso, é importante que você esteja com um condicionamento físico preparado para encarar esse desafio.
Antigamente, a Vinicunca era coberta por neve, mas derreteu por causa do aquecimento global. Depois disso, as cores surgiram devido às reações químicas entre os minerais, o oxigênio e a água, formando a Montanha de Sete Cores.
Portanto, uma viagem ao Peru é repleta de aventuras e conhecimento. Recomendo que você tire pelo menos uma semana para conhecer bem a cidade de Cusco e as proximidades!
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