Tá muito enganado quem pensa que São Paulo não tem praias lindas e Ubatuba consegue provar isso. Com mais de 100 praias na conta, você vai ter muito o que fazer em Ubatuba.
A cidade faz parte da Costa Verde de São Paulo, localizada no litoral norte do estado, onde existem vários lugares verdadeiramente paradisíacos.
Pra planejar uma viagem pra lá, é importante ter noção de vários itens além do roteiro, como onde se hospedar e quando ir. Por isso, montei esse guia completo sobre a viagem para Ubatuba!
Como ir?
O modo de ir vai depender, é claro, de onde você parte. No meu caso, como moro no Rio, não faria sentido pegar um avião até a capital de São Paulo e, de lá, pegar um ônibus até Ubatuba, por exemplo.
Então, decidi ir de ônibus a partir do Rio mesmo. Existe apenas um horário de saída por dia (23h) e ele sai da Rodoviária Novo Rio.
O tempo total da viagem é em torno de 5h e eu cheguei de madrugada em Ubatuba. Se você sair do Rio, então se planeje pra chegar na hospedagem de madrugada.
Quando ir?
Ubatuba é conhecida como “Ubachuva” e isso não acontece à toa: lá chove bastante. O período mais chuvoso é o verão, logo quando as temperaturas estão altas na cidade.
Essa também é a alta temporada em Ubatuba, por isso, se você for pra lá nessa data, já vai se preparando pra encontrar a cidade lotada.
A baixa temporada é no inverno, quando as temperaturas estão mais baixas e as chuvas se tornam bem menos frequentes. Eu conheci Ubatuba em agosto, no inverno, e não peguei chuva em nenhum dia, muito pelo contrário: o clima tava quente na parte da manhã e da tarde e o céu tava limpinho, foi uma delícia!
Mas é claro que eu fiquei semanas olhando a previsão do tempo pra ver se o céu iria abrir em algum momento, porque a cidade ficou semanas com o tempo nublado. Quando chega setembro, as chuvas voltam a aparecer em Ubachuva.
De modo geral, o período mais indicado pra conhecer a cidade é entre o verão e o inverno, ali pelo mês de maio.
Onde se hospedar?
Dividida entre três regiões (Norte, Centro e Sul), Ubatuba tem uma boa infraestrutura turística no Centro. O Norte já é mais deserto e o Sul tem uma infraestrutura um pouco melhor que ele.
Isso significa que, se você quer praticidade, não pense duas vezes antes de se hospedar no Centro. Por lá, você vai encontrar várias opções de hospedagens, restaurantes, mercados, padarias e muito mais.
Geralmente, as pessoas ficam na área da Praia do Cruzeiro ou da Praia do Itaguá, que são vizinhas. Eu me hospedei pertinho da orla do Cruzeiro e não tive do que reclamar. Amei a praticidade de ficar perto de tudo!
Além disso, a partir do Centro, você consegue se locomover com maior facilidade por toda a cidade, já que os ônibus que cortam Ubatuba partem de lá.
Em relação às opções de hospedagem, eu optei por ficar na Pousada Taiwan. Ela tem vários pontos positivos: atendimento excelente, custo-benefício atraente, ótima localização e quarto limpo.
Os lados negativos foram o Wi-Fi instável no quarto e a ausência de café da manhã (ele não é oferecido entre os meses de agosto e setembro e eu só soube disso na hora). Ainda assim, recomendo a hospedagem de olhos fechados.
Como se locomover?
O modo mais prático de se locomover por Ubatuba é de carro. Então, se você dirige, tem um carro e existe a opção de ir pra lá com ele, só vai!
Como eu não dirijo, já sabia que ia depender de transporte público ou privado por lá. No primeiro dia, usei Uber, mas achei muito caro e logo dei um jeito de aprender a me virar de ônibus.
A viação que trabalha na cidade é a Verdebus e as linhas circulam em horários específicos, então é importante ficar atento a isso. Na própria rodoviária tem um informativo com os horários, mas você também consegue encontrar essas informações no site oficial da empresa.
Eu achei super tranquilo andar de ônibus por Ubatuba, não tive problema nenhum pra chegar nas praias de transporte público e ainda consegui economizar bastante sem gastar dinheiro com Uber.
O que fazer em Ubatuba?
Agora chegamos na melhor parte: o que fazer em Ubatuba. Como já adiantei, existem diversas opções de praias na cidade, então é impossível eu citar todas elas aqui. Pensando nisso, decidi falar apenas do roteiro de 4 dias que eu fiz em Ubatuba.
O que fazer em Ubatuba: dia 1
No primeiro dia de viagem, eu conheci algumas praias do Norte de Ubatuba: Praia do Félix, Praia do Português e Praia das Conchas.
A Praia do Félix é conhecida por ter surfistas, principalmente no canto esquerdo da praia. Eu, é claro, fiquei no canto direito, onde as ondas estavam mais calminhas.
Como fui num domingo de sol, a praia não tava completamente deserta, mas também não tava cheia. Pra mim, isso foi ótimo.
Andando pelo canto direito da praia, eu peguei um atalho até a Praia do Português. A trilha é bem curtinha, dura uns cinco minutos, e te leva pro paraíso. A Praia do Português é absurdamente linda!
Água cristalina, várias pedras no mar e pedras gigantes ao redor, de onde é possível escalar e ter um visão ainda mais incrível da praia. A faixa de areia dela é curtinha, então, na alta temporada, é provável que esse lugar fique lotado.
Já se você caminhar no lado esquerdo da Praia do Félix, vai encontrar uma trilha até a Praia das Conchas, que é outro lugar paradisíaco. E o nome não é à toa, viu? Essa praia tá cheia de conchinhas!
Ali existe uma boa área pra você explorar pelas pedras e conseguir vários visuais bacanas da região. Se tiver disposição, não deixe de fazer essa trilha. Ela dura uns 15/20 minutos.
O que fazer em Ubatuba: dia 2
No segundo dia de viagem, decidi fazer um passeio de barco pra conhecer algumas ilhas. Contratei na hora mesmo, ali na orla da Praia do Itaguá.
Fiz o passeio de escuna até a Ilha das Couves. Apesar de ter achado a ilha lindíssima, não acho que esse passeio vale a pena.
Eu paguei 100 reais e a saída aconteceu às 9h30. Quando deu 11h, chegamos na Praia do Engenho pra almoçar e ficamos lá até 13h – não entendi por que foi necessário ficar duas horas, enfim.
Na Ilha das Couves, ficamos apenas 1h30. Ou seja, paguei 100 reais pra ficar só esse tempo lá. Perdi muito mais tempo no trajeto e no almoço do que no destino final. Achei isso péssimo.
Como eu estava sozinha, nem cogitei fazer o passeio de barco privativo para a Ilha das Couves, porque seria muito caro. Mas, se eu estivesse com mais pessoas na viagem, com certeza seria melhor ter fechado o passeio privado, então fica a dica.
Ainda assim, não tem como negar que a Ilha das Couves é absurdamente linda e tem a água com uma cor verde esmeralda bem marcante. Andando apenas 5 minutos, você encontra outro lugar maravilhoso também, que fica em uma outra parte da ilha.
O que fazer em Ubatuba: dia 3
Escolhi o terceiro dia para conhecer as praias do Sul de Ubatuba e foi assim que eu conheci a praia mais bonita da viagem.
Ubatuba tem várias trilhas pra fazer, como a das Sete Fontes e a das Sete Praias, mas decidi fazer só a das Sete Fontes mesmo. Essa trilha tem 4 km e começa no Saco da Ribeira. Depois, passa pela Praia da Ribeira, Praia do Flamengo e Praia das Sete Fontes.
O trajeto mescla trechos de praia e trechos de mata fechada. Ao todo, demorei cerca de 1h pra chegar no destino final. Achei a trilha longa e de nível de dificuldade intermediário.
Mas tudo valeu a pena quando cheguei na Praia das Sete Fontes e encontrei um lugar lindo e deserto. Águas cristalinas, solzão, faixa de areia vazia. Tudo perfeito.
No canto direito da praia, você pode acessar a Gruta das Sete Fontes, que oferece um visual incrível da praia. Não deixe de dar uma olhada lá.
O que fazer em Ubatuba: dia 4
No meu quarto e último dia em Ubatuba, voltei novamente pro Norte pra ver se conseguiria fazer a travessia até a Ilha do Prumirim.
Cheguei na Praia do Prumirim bem cedo, antes das 9h, e fui pro canto direito da praia procurar um barco. O barqueiro me pediu pra esperar um pouco pra ver se mais gente chegaria pra fazer a travessia.
Enquanto esperava, decidi conhecer melhor a Praia do Prumirim, que também estava bem vazia, e vi a lindeza que é o encontro do Rio Prumirim com as águas do mar.
Às 9h30, consegui fazer a travessia, que custou R$30 (ida e volta). O barqueiro apenas nos deixa na ilha e depois precisamos ligar pra ele quando quisermos voltar.
O trajeto entre a Praia e a Ilha do Prumirim dura apenas 5 minutos, então é bem rápido. E a ilha é sensacional! A faixa de areia é grande, então você consegue ter privacidade.
No canto esquerdo ficam algumas pedras que ajudam a formar piscinas naturais, é um cenário de filme! Coisa linda demais.
As águas da ilha são bem calminhas, então dá pra nadar tranquilamente. Quando deu 12h e pouca, as pessoas já começaram a ir embora, porque o tempo tava mudando. Fica a dica: faça esse passeio cedo, porque, na parte da tarde, o tempo pode virar do nada.
O que fazer em Ubatuba à noite?
O Centro de Ubatuba também tem uma noite maneira, sabia? Eu adorei conhecer os bares e restaurantes de lá. Um deles foi o Ki-Beirute, espaço super agradável e com comidas deliciosas. Provei o mini-beirute de queijo e adorei!
Também conheci a famosa Gelateria Pistache. Foi nela que, pela primeira vez, provei um sorvete de jabuticaba – e recomendo, viu? Outro lugar que amei conhecer foi a Vitrola na Praia, onde só existem comidas vegetarianas e veganas. Além de serem deliciosas, os preços são super justos.
Pra comer pizza boa e barata, indico o Nativo Ubatuba. Paguei R$35 numa pizza grande de marguerita que tava muito boa.
Mas, além de comer e beber, existem outras opções sobre o que fazer em Ubatuba à noite, como conhecer a feirinha de artesanato que fica no canto esquerdo da Praia do Cruzeiro.
Você também pode caminhar pela orla, apreciando a paisagem… Aliás, um bom passeio é ir andando da Praia do Cruzeiro até a Praia de Itaguá. Mas, se você for no inverno, não esquece de levar um casaco, porque faz frio à noite por lá.
A viagem que eu fiz pra essa cidade foi muito especial e já tô querendo voltar pra lá de novo. Assim, vou conseguir trazer mais dicas sobre o que fazer em Ubatuba.
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Ótimo site!
Desejo-lhes sucesso.